Glórias do Passado: Daniel

 

Daniel


Daniel é uma das principais e mais marcantes personagens da longa história que o Vitoria Sport Clube vem desenhando, pois trata-se, ainda nos dias de hoje, do jogador que contabiliza mais jogos oficiais com a camisola do Vitória nos Campeonato Nacionais de Futebol. Por esse facto é, e sempre será, uma incontornável figura do Vitoria, mas também porque tem o seu nome ligado a momentos e factos de relevância histórica na vida deste clube.

Foram cerca de 20 anos a representar a instituição Vitoria Sport Clube, primeiro enquanto futebolista - como destacado atleta diga-se de passagem - onde foi durante largos anos o capitão de equipa, e mais tarde enquanto técnico, quer como adjunto de Mário Wilson, quer como treinador principal durante um curto período de tempo após o despedimento do velho capitão.

É natural de Ponte da Barca, onde começou a dar os primeiros pontapés na bola. O seu pai também natural de Ponte da Barca era um grande vitoriano, influenciado sobretudo por uma amizade que tinha com um tal de Senhor Sousa, comerciante estabelecido em Ponte da Barca, mas natural da cidade Guimarães, que como nos dias de hoje acontece, pela forma apaixonada como vivemos o clube influenciou decisivamente o amigo.

O certo é que esse vitorianismo evidenciado por seu pai foi decisivo no dia de escolher para onde o seu filho Daniel iria prosseguir a carreira de futebolista. É que as qualidades de Daniel despertaram o interesse do SC Braga que se lançou na sua peugada manifestando interesse na sua aquisição. Todavia, o seu pai acabou por oferecer Daniel de borla ao Vitoria, viajando ainda miúdo para prestar provas em Guimarães.
.
A sua qualidade foi facilmente apercebida pelos técnicos vitorianos que imediatamente garantiram a continuação do miúdo Daniel. Foi instalado na Pensão Portugal e inscrito na equipa de juniores na época de 1953/54 onde actuava na posição de médio interior esquerdo, tendo nessa época apontando 24 golos.
.
(Equipa de Juniores do Vitoria SC em 1953)
.
Mas as suas exibições eram de uma qualidade impar e em apenas um mês e meio depois de ter chegado a Guimarães já Daniel treinava com a equipa principal Vitoria. Daí à sua estreia oficial na equipa principal do Vitoria foi um pequeno passo.
.
Fez a sua estreia em jogo grande no Campo da Amorosa, na época de 1954/55, à passagem da 2ª jornada da 2ª volta do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, concretamente contra o SL Benfica que se viria a sagrar Campeão Nacional. Daniel com apenas 17 anos de idade fazia a sua estreia com a camisola que iria envergar por muitos anos, ocupando a posição de médio interior direito, num jogo que o Vitoria venceu os encarnados por 2-1, sendo um dos golos vitorianos da autoria precisamente de Daniel. Registe-se ainda o treinador que lançou Daniel foi o inglês Galloaway, treinador do Vitoria na temporada de 1954/55 e que na temporada anterior tinha sido campeão nacional ao serviço do Sporting CP.
.
Destaque desde já a polivalência de Daniel. Se nos juniores ocupava o lugar de médio interior esquerdo, já nos seniores foi ocupar o mesmo sector, mas do lado direito. Mas ao longo da sua carreira Daniel ocupou variadas posições no terreno de jogo sempre cumprindo as indicações do técnico com mestria reconhecida. Foi defesa, médio, e até avançado, mas foi na posição de lateral esquerdo que Daniel mais se notabilizou no Vitoria ao longo de quase 20 anos de carreira.

Acontece que a época de 1954/55, onde o Vitoria apostou fortemente na equipa de futebol, foi deveras aziaga resultando numa descida à 2ª Divisão Nacional. A primeira descida desde que o clube iniciou a sua participação nos Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão. Tristeza e consternação nas gentes vitorianas, inclusiva e naturalmente também para Daniel, futebolista que jogava no Vitoria apenas por amor à camisola, pois só 6 temporadas depois é que começou a receber um salário do clube.
.
A partir de 1955/56 o Vitoria passou a disputar a 2ª Divisão Zona Norte tentando consecutivamente regressar à 1ª Divisão Nacional. Na primeira época no escalão secundário o Vitoria falhou a subida. Treinado por Fernando Vaz, ex treinador do FC Porto e da Selecção Nacional, o Vitoria apenas conseguiu ir aos jogos da passagem, uma espécie de liguilha que se disputava com um clube da 1ª Divisão.
.
Em 1955/56 o Vitoria teve que defrontar a Académica de Coimbra tendo falhado a subida garantindo os conimbricenses a manutenção. Registe-se que nesta época Daniel não era titular mas era utilizado frequentemente.
.
(Vitoria SC época 1955/56)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1955/56)
.
(Caricatura de Daniel)
.
Na segunda época na 2ª Divisão Nacional já Daniel era titular indiscutível da equipa do Vitoria treinada pelo argentino Óscar Tellechea, que havia sido futebolista no FC Famalicão, e era naquela altura um conceituado técnico. Todavia o objectivo da subida traçado para a temporada de 1956/57 voltou a falhar.
.
(Vitoria SC época de 1956/57)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1956/57)
.
Apenas iria concretizar o regresso à 1ª Divisão na época de 1957/58. O Vitoria contratou para treinador principal novamente Fernando Vaz atingindo o clube os jogos da passagem, onde iria defrontar o SC Salgueiros que tinha ficado classificado na 13ª posição da tabela do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
.
No jogo da 1ª mão dessa eliminatória o Vitoria vence na cidade do Porto o SC Salgueiros por 1-2 partindo em excelente posição para o jogo da 2ª mão que seria disputado no Campo da Amorosa em Guimarães. No jogo da 2ª mão em Guimarães foi a festa e alegria do regresso do Vitoria à 1ª Divisão. O Vitoria conseguiu um empate a 2-2, suficiente para garantir a vitória na eliminatória.
.
Nesse encontro, Daniel foi atingido por adversário no nariz, fracturando-o, mas mesmo assim, jogou o jogo inteiro com enorme espírito de sacrifício. Era o expoente máximo da vontade e honra em envergar a camisola vitoriana.
.
(Vitoria SC época de 1957/58)
.
(Daniel aos ombros dos adeptos em pleno Largo do Toural)
.
(Comitiva do Vitoria SC em 1957/58)
.
(Vitoria SC temporada de 1957/58)
.
A época de 1958/59 era o ano de regresso ao escalão maior do futebol português. Daniel era um indiscutível na equipa vimaranense, treinada pela antiga gloria do CF Belenenses Mariano Amaro, que na temporada do regresso à 1ª Divisão Nacional de Futebol atingiu o 5º lugar da tabela classificativa, logo atrás de FC Porto, Sporting CP, SL Benfica e CF Belenenses.
.
(Vitoria SC época de 1958/59)
.
(Daniel)
.
Seguem-se as temporadas de 1959/60, 1960/61 e 1961/62 sempre na 1ª Divisão Nacional. Daniel é já um valor firmado na equipa do Vitoria. Auferia já um salário mensal mais prémios de jogo. Tinha um ordenado mensal de cerca de 1.500$00, mais prémios de jogo que oscilavam, conforme a importância do desafio, entre os 50$00 e 300$00.
.
Em 1959/60 o Vitoria treinado por Bucheli terminou em 7º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, mas a grande marca histórica desta temporada foi a conquista da Bola de Prata pelo avançado brasileiro Edmur, premio que visava distinguir o melhor marcador da competição.
.
(Vitoria SC época de 1959/60)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1959/60)
.
(Vitoria SC temporada de 1959/60)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1959/60)
.
(Daniel abraçando Augusto Silva antigo companheiro no Vitoria SC)
.
Já com Artur Quaresma a frente da equipa técnica do Vitoria registam-se duas épocas completamente antagónicas. Em 1960/61 o Vitoria andou sempre nos lugares cimeiros lutando taco a taco com as grandes equipas, terminando a prova em 4º lugar à frente do CF Belenenses.
.
(Vitoria SC época de 1960/61)
.
(Daniel festeja golo do Vitoria SC contra o SL Benfica)
.
(Vitoria SC época de 1960/61)
.
Na época de 1961/62 o Vitoria correu sérios riscos de ser rebaixado à 2ª Divisão Nacional, só se safando desse desiderato pela vitória conquistada no Campo da Amorosa na última jornada contra o FC Porto que assim perdeu o titulo de Campeão Nacional.
. (Vitoria SC época de 1961/62)
.
(Bartolo, Edmur, Azevedo, Carlos Alberto e Daniel)
.
(Vitoria SC temporada de 1961/62)
.
(Vitoria de Guimarães equipa de reservas na época de 1961/62)
.
(Vários jogadores do Vitoria SC confraternizando)
.
Na temporada de 1962/63, a nona época consecutiva de Daniel no Vitoria, o grande acontecimento é a participação do Vitoria na final da Taça de Portugal frente ao SC Portugal. Ao Vitoria tinha chegado todavia um novo treinador José Valle, um técnico argentino que mais influenciou Daniel. É verdade que ao longo da sua carreira no Vitoria Daniel teve a oportunidade de trabalhar com vários técnicos, mas foi este argentino que mais o marcou, durante as 3 temporadas que esteve em Guimarães.

O grande feito dessa época foi a chegada à final da Taça de Portugal. Depois de eliminar o Sp. Covilhã, a Académica de Coimbra, e o União da Madeira, o Vitoria chega às meias-finais da prova e encontra o Belenenses (4º classificado no campeonato). Naquela altura, a Taça de Portugal era disputada num sistema de dois jogos, um em casa, outro fora, e um terceiro jogo em campo neutro, no caso de se verificar um empate no confronto das duas mãos. Na 1ª mão, o Vitoria perdeu no Restelo por 0-2. Mas na semana seguinte, em Guimarães, em jogo disputado no Campo da Amorosa, o Vitoria vence o Belenenses por 3-1. Haveria pois necessidade de realizar um terceiro jogo em campo neutro a meio da semana. A Cidade escolhida: Coimbra. Resultado: milhares e milhares de vitorianos rumam em direcção à cidade dos estudantes para apoiar o Vitoria naquele jogo decisivo.
.
O jogo é impróprio para cardíacos. A 6 minutos do fim o Vitoria perde por 0-1. Mas a fé vitoriana é a ultima abandonar a cidade de Coimbra, e nos últimos minutos do jogo, o Vitoria marca 3 golos, vencendo a partida por 3-1 e carimbando assim o passaporte para a final da competição no Estádio do Jamor em Lisboa. Inimaginável festa acompanha os adeptos e a equipa.
.
(Vitoria SC época de 1962/63)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1962/63)
.
(Festejos de Daniel na meia final da Taça de Portugal em Coimbra)
.
Porem, a fortuna que acompanhou o Vitoria naquele dia da semana não se estendeu até ao Domingo, dia da final frente ao Sporting, pois alem do cansaço do jogo disputado a meio da semana, a equipa perdeu o seu capitão Silveira que se tinha lesionado.
.
No dia 30 de Junho de 1963, no Estádio do Jamor, em jogo apitado pelo Senhor Clemente Rodrigues, do Porto, o Vitoria alinha com Roldão na Baliza, Caiçara, Daniel e João da Costa, na defesa, Manuel Pinto, Virgílio, Paulino e Peres, no meio campo e Lua, Mendes “Pé Canhão” e Armando Silva no ataque. O Vitoria foi derrotado pelo Sporting CP por 0-4, que acaba por vencer assim o troféu.
.
Já no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1962/63 o Vitoria terminou a prova no tranquilo 6º lugar da classificação geral.
.
(Vitoria SC época de 1962/63)
.
(Vitoria SC época de 1962/63)
.
(Daniel assiste ao lance entre Peres e o guarda-redes do CF Belenenses)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1962/63)
.
Na temporada de 1963/64 o Vitoria realiza uma época de grande nível no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, terminando a prova em 4º lugar com os mesmos pontos do Sporting CP. Começava a dar nas vistas a equipa de Daniel, Peres e Mendes “pé canhão” entre outros.
.
(Plantel do Vitoria SC no Largo do Carmo em Guimarães)
.
(Carlos Alberto, Daniel, Edmur e Ernesto Paraíso)
.
(Vitoria SC temporada de 1963/64)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1963/64)
.
(Daniel e Eusébio no Vitoria SC-SL Benfica)
.
(Vitoria SC época de 1963/64)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1963/64)
.
(Daniel e Peres no Campo da Amorosa)
.
(Vitoria SC nos EUA em 1964)
.
Em 1964/65 o grande acontecimento na vida do clube é indiscutivelmente a passagem do Campo da Amorosa para o Estádio Municipal de Guimarães nos jogos realizados pelo Vitoria na condição de visitado. Tratava-se na altura de um simples campo relvado, com uma bancada central em cimento, sem balneários e uns camarotes em madeira.
.
O adversário na ocasião foi o Belenenses. O resultado final foi uma vitória dos vimaranenses por 2-1. E o primeiro golo marcado no Estádio Municipal de Guimarães foi da autoria de Castro, jovem formado nos escalões mais jovens do Vitoria. Daniel foi titular na equipa que alinhou da seguinte forma: Roldão; Mário, Pinto, Artur e Daniel; João da Costa, Peres e Inácio; Castro, Eduardo e Mendes.
.
Daniel ao longo da sua carreira de 20 anos como futebolista do Vitoria alinhou durante 10 épocas em jogos disputados no Campo da Amorosa, e outra tanto lapso de tempo no Estádio Municipal de Guimarães.
.
(Vitoria SC época de 1964/65)
.
(Festejos no Campo da Amorosa)
.
(Vitoria SC época de 1964/65)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1964/65)
.
(Daniel com Virgilio do FC Porto no Estádio das Antas)
.
Nas 3 temporadas seguintes, o Vitoria mantêm a bitola de se classificar nos primeiros lugares da prova. É claramente um clube em expansão e que vai formando um equipa cheia de bons valores e temida. Por exemplo, o SL Benfica, grande clube português daquela geração perdeu durante 9 anos consecutivos em Guimarães.
.
(Vitoria SC junto ao Castelo de Guimarães)
.
(Vitoria de Guimarães na temporada de 1965/66)
.
(Daniel n.º 4 no Estadio das Antas)
.
(Vitoria SC no Largo do Carmo em Guimarães)
.
(Vitoria SC época de 1965/66)
.
(Vitoria de Guimarães na temporada de 1965/66)
.
(Daniel festejando com Jean Luciano no Estádio Municipal de Guimarães)
.
(Vitoria SC temporada de 1965/66)
.
(Vitoria de Guimarães época de 1966/67)
.
(Daniel no desafio Vitoria SC-Sporting CP)
.
(Vitoria Sport Clube época de 1967/68)
.
Chega então a época de 1968/69, a 1ª grande temporada de glória do Vitoria Sport Clube nos Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão. O técnico escolhido para o substituir é o brasileiro Jorge Vieira que ficou famoso no Brasil considerado por todos como um dos técnicos mais conceituados.
.
Para disputar a 40ª edição do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de futebol, o técnico brasileiro monta uma equipa sustentada numa forte coesão defensiva, com os laterais Gualter e Daniel, e os centrais Manuel Pinto e Joaquim Jorge. O guarda-redes é Rodrigues. O meio campo é ao mesmo tempo batalhador e criativo com Artur, Augusto e o capitão Peres. A frente de ataque é uma tripla atacante mortífera com Zezinho, Manuel e o demolidor Mendes “Pé Canhão”.
.
(Vitoria de Guimarães época de 1968/69)
.
(Daniel)
.
(Vitoria SC temporada de 1968/69)
.
Os resultados ao longo da época de 1968/69 são magníficos. No Estádio Municipal de Guimarães, o Vitoria não perde nem um jogo. Ganha ao SL Benfica, FC Porto e Sporting, espetando duas goleadas de 5-0 à Sanjoanense e ao eterno rival SP Braga. Fora de Guimarães destaque para os empates alcançados no Estádio da Luz, frente ao SL Benfica e em Alvalade, frente ao Sporting CP, feitos inacreditáveis para a época. Foram dias de glória e orgulho para os vimaranenses, mas também de reconhecimento nacional à capacidade da equipa do Vitoria.
.
O jogo decisivo na luta pelo titulo acontece à 28ª jornada numa deslocação ao Estádio do Restelo onde o Vitoria é derrotado pelo Belenenses por 0-1, acabando assim por descolar do SL Benfica que se sagrou campeão. Vencer aquele jogo poderia ter significado o título de Campeão Nacional já que em igualdade pontual o Vitoria teria vantagem sobre o SL Benfica e sobre o FC Porto.
.
(Vitoria de Guimarães época de 1968/69)
.
(Daniel no encontro entre o Vitoria SC-Sporting CP)
.
De assinalar que aquela coesão defensiva mencionada resultou na melhor defesa do campeonato, pois o Vitoria apenas sofreu 17 golos, mas também o 2º melhor ataque da prova com 46 golos marcados. O avançado do Vitoria, Manuel, foi o 2º melhor marcador do campeonato com 18 golos, a apenas 1 de Manuel António da Académica que foi o melhor marcador. Joaquim Jorge, defesa central do Vitoria, conquistou a 2ª edição do prémio “Somelos-Helança”, instituído pelo jornal “A Bola”, destinado a distinguir aquele que foi o jogador mais pontuado pelos seus jornalistas ao longo do Campeonato Nacional de Futebol. Joaquim Jorge disputou 26 jogos naquele campeonato recebendo 66 pontos.
.
A classificação obtida naquele campeonato de 1968/69 significava desde logo o tão almejado apuramento para as competições europeias a disputar na temporada seguinte, as quais receberiam pela primeira vez na história do futebol europeu o nome do Vitoria Sport Clube.
.
(Vitoria SC época de 1968/69)
.
A partir desta época Daniel deixou de ser um titular indiscutível na equipa do Vitoria, passando paulatinamente para a condição de suplente, até mesmo pela idade que também já ia pesando. De todo o modo a sua presença no balneário era essencial para o espírito de grupo e incentivo aos colegas. Acima de tudo, Daniel era um vitoriano.
.
(Vitoria SC época de 1969/70)
.
(Daniel)
.
(Vitoria de Guimarães temporada de 1969/70)
.
Daniel ainda jogou em outras formações na ponta final da sua carreira. Passou pela AD Fafe onde foi treinador/jogador, no Desportivo das Aves, onde como técnico conseguiu levar o clube em 1972/73 à 2ª Divisão Nacional, e ainda no Paços de Ferreira onde foi Campeão Nacional da 3ª Divisão em 1973/74.
.
Acabou por regressar o Vitoria para ser o adjunto dos treinadores Fernando Caiado e Mário Wilson já no decurso da década de 70. Ainda assumiu o papel de treinador principal da equipa vitoriana na época de 1978/79 depois de o Presidente da Direcção do Vitoria Gil Mesquita ter despedido Mário Wilson.
. (Daniel Barreto treinador adjunto Vitoria SC época de 1977/78)
.
(Vitoria SC época de 1978/79 adjunto de Mario Wilson)
.
Como treinador principal do Vitoria, depois de conseguir um empate no Restelo frente ao CF Belenenses por 1-1, decidiu dedicar esse resultado ao seu antecessor Mário Wilson, pois entendia que aquele desiderato era essencialmente consequência do trabalho iniciado por este. O Presidente Gil Mesquita não gostou dessa dedicatória, pois encontrava-se de relações cortadas com Mário Wilson, e decidiu mandar Daniel embora do Vitoria. Foi a maior injustiça que fizeram a um homem que tinha dedicado praticamente uma vida inteira ao clube.
. (Vitoria Sport Clube época de 1978/79)
.
(Equipa de veteranos do Vitoria SC decada de 70)
.
(Equipa de veteranos do Vitoria SC na decada de 80)
.
Daniel permanece como uma personagem marcante na vida do clube participando amiúde nos eventos onde é evocado o nome do Clube. Nem de outra forma podia ser olhando para os tantos e tantos anos ao serviço do Vitoria Sport Clube. Refira-se a titulo curiosidade que Daniel foi ainda, anos mais tarde, o treinador da equipa de velhas guardas do Vitoria SC constituída por grandes figuras da história do Vitoria SC que realizavam alguns jogos amigáveis ou em momentos festivos.
.
(No aniversário do Vitoria Sport Clube)
.
(Entregando um troféu ao amigo Peres)
.
(Exibindo o cartão de sócio do Vitoria SC)
.
(Daniel)
.
(Jogo de veteranos do Vitoria SC em 2000)
.
(Velhas Glorias do Vitoria SC reunidas)
.
Hoje perto dos 70 anos de idade continua a residir em Guimarães onde exerce a actividade de comerciante. É presença assídua no Estádio e continua sendo um fervoroso adepto do Vitoria de Guimarães.
.
(Daniel)


Autor: Alberto de Castro Abreu

Ser� que d� para comparar o Daniel com o Abreu, como figuras do VSC, claro?
/
 
Enviar um comentário



<< Home
Site Meter