Glórias do Passado: Estádio Cidade de Coimbra

 

Estádio Cidade de Coimbra


Actualmente denominado Estádio Cidade de Coimbra é oficialmente o recinto de jogos de futebol da Associação Académica de Coimbra nas diversas competições em que participa. Localizado no centro da cidade de Coimbra, concretamente na Rua D. Manuel I, esta infra-estrutura, apesar de usualmente utilizada pela Académica de Coimbra, é propriedade da Câmara Municipal daquela cidade.
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Anteriormente designado por Estádio Municipal de Coimbra, este estádio é também popularmente apelidado como o Calhabé, pois situa-se numa zona da cidade assim conhecida. A anterior infra-estrutura, denominada de Estádio Municipal de Coimbra, foi alvo de uma profunda remodelação no âmbito da realização em Portugal do Campeonato da Europa de 2004 e na sequência da qual surgiu a nova designação.
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(Estádio Municipal de Coimbra em 1948, ainda em construção)
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A construção do anterior Estádio Municipal de Coimbra iniciou-se no dia 9 de Outubro de 1946 tendo sido inaugurado oficialmente no dia 20 de Janeiro de 1949 numa partida de carácter particular entre a Associação Académica de Coimbra e a Selecção Nacional de Portugal que terminou empatada a 3-3.
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De então para cá foi aquele o palco de jogos da Associação Académica de Coimbra nos jogos disputados na condição de visitado nas diversas competições, como o Campeonato Nacional português, a Taça de Portugal, bem como na participação da Taça das Taças na época de 1969/70.
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(Estádio Municipal de Coimbra)
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(Estádio Municipal de Coimbra em 1963/64)
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Ali também actuaram em algumas ocasiões as diversas selecções nacionais portuguesas de futebol, tanto em jogos de carácter particular como em jogos oficiais. Também o atletismo, o rugby, entre outras modalidades, bem como cerimónias realizadas pelos estudantes de Coimbra tiveram, tradicionalmente, aquele estádio como palco.
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Antes da remodelação operada naquele recinto por ocasião da realização do Campeonato da Europa organizado por Portugal no ano de 2004, o Estádio Municipal de Coimbra foi também sofrendo vários melhoramentos desde da sua inauguração até às recentes obras de reconstrução.
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(Estádio Municipal de Coimbra na decada de 80)
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(Estádio Municipal de Coimbra na decada de 90)
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Como o conhecemos, o Estádio Municipal de Coimbra era um estádio em formato oval, com bancadas da mesma dimensão unidas e em toda a sua extensão, sendo uma delas coberta. Tinha iluminação artificial e uma pista de atletismo e uma capacidade a rondar os 20.000 lugares sentados.
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(Estádio Municipal de Coimbra já durante o novo século, antes das obras do Euro 2004)
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Após as obras concluídas no ano de 2003 o agora apelidado Estádio Cidade de Coimbra ficou com uma nova imagem, bem mais moderna e inovadora. O estádio, em sentido curvilíneo, é composto com quatro bancadas, agora com dois anéis em três delas e cobertas, sendo a bancada do topo norte de apenas um anel, onde fica instalado o ecrã gigante.
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Está equipado com todas as funcionalidades consideradas mais modernas, quer de comodidade para os espectadores, quer para os praticantes, comportando, actualmente, cerca de 30.000 espectadores sentados.
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(Maquete de construção do novo Estádio Cidade de Coimbra)
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(Estádio Cidade de Coimbra em construção)
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(Interior do Estádio Cidade de Coimbra durante um jogo do Euro 2004)
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O exterior possui fachadas em vidro que lhe dão um aspecto vanguardista tendo sido conservada a pista de atletismo, dispondo ainda, no mesmo complexo, de áreas comerciais ou para uso empresarial.

Após a remodelação, o Estádio Cidade de Coimbra foi inaugurado em 27 de Setembro de 2003 com um concerto dos Rolling Stones. Para o futebol, a sua inauguração oficial deu-se no dia 29 de Outubro de 2003, numa partida entre a Académica de Coimbra e o SL Benfica que os encarnados venceram por 1-3.
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O pontapé de saída simbólico coube à antiga glória do futebol da Académica, Vasco Gervásio, dirigente e o segundo jogador na história do clube com mais jogos pelos conimbricenses. Já o primeiro golo apontado naquele estádio coube ao jogador Tonel, naquela altura atleta da Associação Académica de Coimbra.
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(Visão aérea do Estádio Cidade de Coimbra, parte em construção)
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(Aspecto das bancadas central e topo norte do Estádio Cidade de Coimbra)
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(Bancada do topo norte do Estádio Cidade de Coimbra)
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Também o Vitoria de Guimarães tem história, quer no antigo Estádio Municipal, quer no actual Estádio Cidade de Coimbra. Naquele recinto enfrentou a Académica de Coimbra dezenas de vezes. É tradicionalmente um destino complicado para a equipa de futebol do Vitoria SC, que todavia, tem na sua história um conjunto de bons resultados ali conseguidos.
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Alem das partidas da Taça de Portugal ou no Campeonato Nacional frente realizadas frente à Académica de Coimbra, aquele espaço fica também na historia do clube vimaranense como o estádio onde se realizou o jogo de desempate contra o CF Belenenses nas meias finais da Taça de Portugal na temporada de 1962/63.
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(Aspecto exterior do Estádio Cidade de Coimbra)
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(Estádio Cidade de Coimbra)
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(Bancada do topo sul do Estádio Cidade de Coimbra)
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Naquela altura, a competição da Taça de Portugal era disputada num sistema de dois jogos, um em casa, outro disputado fora, e um terceiro jogo em campo neutro, no caso de se verificar um empate no confronto das duas mãos.

No jogo da 1ª mão, o Vitoria SC perdeu no Restelo por 2-0. Mas na semana seguinte, em Guimarães, em jogo disputado no lotadíssimo Campo da Amorosa, o Vitoria SC vence o CF Belenenses por 3-1. Haveria pois necessidade de realizar um terceiro jogo em campo neutro a meio da semana. A Cidade escolhida: Coimbra e o seu Estádio Municipal.
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O jogo é impróprio para cardíacos. A 6 minutos do fim o Vitoria SC perde por 0-1. Mas a fé vitoriana é a ultima abandonar a cidade de Coimbra, e nos últimos minutos do jogo, o Vitoria SC marca 3 golos sem resposta, vencendo no final a partida por 3-1 e carimbando dessa forma o passaporte para a final da competição no Estádio do Jamor em Lisboa.
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(Aspecto exterior do Estádio Cidade de Coimbra)
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(Estádio Cidade de Coimbra)
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(Visão aérea do Estádio Cidade de Coimbra)
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Mais recentemente, o Vitoria SC venceu a Académica de Coimbra no Estádio Cidade de Coimbra no jogo da 19ª jornada da Liga Portuguesa da época de 2004/05 por 0-2. O jogo realizou no princípio da noite de 29 de Janeiro de 2005, com a presença de cerca de 6.000 adeptos e arbitrado pelo juiz Paulo Pereira.

A equipa da Académica de Coimbra alinhou nessa noite com a seguinte formação: Pedro Roma; Vasco Faísca, José António, Zé Castro e Tixier; Nuno Luís, Luciano Fonseca, Hugo Leal e Kenedy; Rafael Gaúcho e Dário.
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O Vitoria SC, treinado pelo Prof. Manuel Machado apresentou a seguinte equipa inicial: Palatsi; Alex, Paulo Turra, Cléber e Rogério Matias; Flávio Meireles, Moreno, Luís Mário e César Peixoto; Rafael e Silva.
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(Estádio Cidade de Coimbra)
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(Estádio Cidade de Coimbra)
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(Bancada central do Estádio Cidade de Coimbra)
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A equipa do Vitoria SC vinha realizando uma prova pautada por alguma inconstância nos resultados, contudo, a partir essencialmente desta vitória alcançada em Coimbra iniciou um processo de recuperação que levou o clube aos lugares da Uefa.

Nesta partida, concretamente, o Vitoria SC e a Académica de Coimbra realizaram um jogo regrado pelo equilíbrio, com poucas oportunidades de golo. Na segunda parte, quando o resultado ainda se encontrava empatado a 0-0, o treinador do Vitoria SC decide mexer na equipa inicial, substituindo, aos 70 minutos de jogo, o avançado Rafael por Marco Ferreira, jogador que viria a ser o autor do primeiro golo dos vimaranenses cinco minutos depois.
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O Vitoria SC apontou ainda um segundo tento no último minuto de jogo, consolidando assim uma vitória por 0-2, por intermédio do jovem Tiago Targino, que havia entrado aos 87 minutos de jogo para o lugar de César Peixoto.
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(Outra bancada central do Estádio Cidade de Coimbra)
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(Aspecto aéreo do Estádio Cidade de Coimbra)
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(Estádio Cidade de Coimbra)
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(Estádio Cidade de Coimbra)


Autor: Alberto de Castro Abreu

Grande post.
Parabéns.
Académcia sempre
 
Grande trabalho! Grandes fotos! Sempre simpatizei com a Acad�mica, especialmente quando usavam os equipamentos sem publicidade.

Excelente mesmo.
 
A ACADÉMICA é grande, o seu historial fabuloso, a massa associativa o máximo, por isso hoje e sempre BRIOSA.

Briosaaaaaa...Briosaaaaa...
 
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