Glórias do Passado: Ricoca

 

Ricoca


Praticamente desde os primórdios do futebol que um dos intervenientes, pela sua função, destaca-se entre os demais jogadores. As regras do jogo alteram-se, os sistemas tácticos inovam, mas a sua posição e acção dentro do terreno de jogo é praticamente imutável ao longo da história do futebol.

É o guarda-redes. A sua actuação tem regras próprias. É o único jogador que pode tocar a bola com as mãos, joga com um equipamento que o distingue dos outros jogadores e do árbitro. A sua função é verdadeiramente admirável e mítica, inglória algumas vezes, heroína quase sempre.

E se antigamente era considerado como uma espécie de vítima do jogo, actualmente, com o desenvolvimento físico e técnico dos atletas é comummente considerado um elemento fundamental em qualquer equipa.

O primeiro grande guarda-redes da história do Vitoria SC foi o guardião Ricoca, Adélio Joaquim Plácido Pereira, natural da cidade de Guimarães, nascido no longínquo ano de 1910.

Trolha de profissão, mas amante incondicional de futebol e do Vitoria SC, Ricoca entrou na colectividade vimaranense em 1926, jogando, curiosamente, não como guarda-redes, posição onde se tornou célebre, mas como jogador de campo. Actuava como interior direito nas camadas jovens vitorianas.

(Mário, Ricoca e Camilo, jogadores do Vitoria SC)

Ainda jovem, estreou-se na função de guarda-redes numa partida disputada em Paredes, contra o União de Paredes. Nessa ocasião, Ricoca jogou tão bem e revelou tantas capacidades que os responsáveis da equipa e os próprios companheiros jamais o deixaram abandonar aquele lugar.

Foi guarda-redes do Vitoria SC durante cerca de 20 anos, verdadeiramente uma vida ao serviço da formação da cidade berço. Por isso, tem o seu nome gravado em muitos momentos marcantes da história do Vitoria SC.

A defender a baliza do Vitoria SC, desde muito cedo se notabilizou, não só a nível local e distrital - recorde-se que inicialmente as competições que a equipa vimaranense participava assumiam apenas uma preponderância regional – como adquiriu nomeada nacional, onde chegavam ecos do excelente guarda redes da equipa de Guimarães.

Alem de representar o Vitoria SC também, desde cedo, assumiu o lugar de guardião da baliza da Selecção Regional de Braga, nas contendas frequentemente realizadas entre as associações de futebol do nosso país.

(Equipa da Associação de Futebol de Braga em Maio de 1934 com vários jogadores vitorianos, incluindo o guardião Ricoca)

Ricoca é assim uma verdadeira lenda do Vitoria SC. Diz-se dele que protagonizava defesas verdadeiramente magistrais, revelando-se um guarda-redes muito evoluído para a época. Foi um atleta exemplar e um vitoriano reconhecidamente dedicado à causa.

Dada a crise económica - principalmente no comercio - vivida na cidade de Guimarães a partir de 1927, as participações do Vitoria SC em competições oficiais foram interrompidas. Também a ausência de um local próprio para jogar impedia o clube de apresentar-se regularmente nas provas organizadas pela Associação de Futebol de Braga.
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Até sensivelmente ao ano de 1932, a vida desportiva do Vitoria SC resumia-se à realização esporádica de alguns jogos de carácter particular, sempre em casa do adversário.
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(Equipas do Vitoria SC e Académico do Porto em 1931/32)

A partir de 1932, fundamentalmente depois da inauguração do Campo do Benlhevai, o clube começou a dinamizar-se e a evoluir positivamente para aquilo em que hoje se tornou.

Ricoca esteve presente nesse momento marcante da história do clube, a inauguração, em 24 de Janeiro de 1932, do Campo do Benlhevai. Foi o guarda-redes da equipa do Vitoria SC que nessa histórica partida defrontou o SC Salgueiros. Perante 3.000 espectadores que lotavam o Campo de Benlhevai, a equipa portuense, mais tarimbada, venceu o desafio inaugural daquele recinto por 1-6.

Na época de 1932/33, o Vitoria SC, treinado pelo húngaro Genecy, voltou a participar no Campeonato Distrital de Braga. Ao longo dessa época destacam-se também a realização e os triunfos do Vitoria SC em alguns jogos particulares como, por exemplo, com o Boavista FC ou o Académico do Porto.

(Equipa do Vitoria SC na época de 1932/33)
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(Ricoca com Manecas e outros jogadores do Vitoria SC na decada de 30)

(Equipa do Vitoria SC em 1932/33)

(O guarda-redes Ricoca e Clemente do Vitoria SC)

(Equipas do Vitoria SC e do Boavista FC na época de 1932/33)
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(Equipa do Vitoria SC no ano de 1932)

(Ricoca guarda-redes do Vitoria SC)

A temporada seguinte de 1933/34 fica marcada na história do Vitoria SC como a época da conquista do 1º Campeonato Distrital de Braga. O treinador do Vitória SC era Puskas, um ex jogador do Ferencvaros da Hungria, que havia chegado a Guimarães para assumir o papel de treinador/jogador.

Vitoria SC e SC Braga, vencedores cada um das duas séries em que se divida o Campeonato Distrital de Braga de 1933/34, chegaram à derradeira final da competição. No dia 25 de Março de 1934 disputou-se no Campo do Benlhevai o jogo da 1ª mão dessa final. O Vitoria SC venceu o encontro pela margem mínima de 1-0, com o golo vimaranense a ser apontado por Paredes, no decorrer da segunda parte.

(Equipa do Vitoria SC na época de 1933/34)

(Jogo de 1933/34 entre o Vitoria SC e o SC Braga)

(Equipa do Vitoria SC na época de 1933/34)

(Ricoca, guarda-redes do Vitoria SC em 1933)

Na 2ª mão, disputada a 8 de Abril de 1934, no Campo dos Peões em Braga, o Vitoria, suportado por uma imensa falange de apoio vinda de Guimarães, contabilizada em cerca de 16 camionetas e 50 veículos automóveis, acabaria por garantir um nulo no marcador final, resultado por si suficiente para se sagrar Campeão Distrital. Nessa partida, obviamente, destacou-se a exibição de Ricoca que consecutivamente negou o tão ansiado golo à turma bracarense.

Enormes festejos percorreram as principais artérias da cidade de Guimarães onde todos os vimaranenses se regozijaram com o feito alcançado, prestando, simultaneamente o merecido tributo aos novos campeões. Assim, o nome de Ricoca está inscrito na equipa do Vitoria SC que pela primeira vez conquistou o Campeonato Distrital de Braga.

(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1933/34)

(Ricoca em acção na partida entre o Sporting Fafe e o Vitoria SC)

(Em 1933/34 um jogo entre o Vitoria SC e o Carcavelinhos)
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Depois de em 1934/35 o Vitoria SC ter perdido o titulo para o rival SC Braga, iniciou-se a temporada de 1935/36, onde se destaca a contratação de Alberto Augusto, antigo internacional português, que jogara várias temporadas no SL Benfica, e que nos últimos anos era a principal estrela do SC Braga e do Comercial de Braga.

Alberto Augusto chega a Guimarães, e ao Vitoria SC, já com 36 anos de idade, para assumir o cargo de treinador/jogador, permanecendo como técnico do clube vimaranense durante 11 épocas. Portanto, o nome deste internacional português fica claramente ligado à história futebolística e às conquistas que se sucederam na carreira de Ricoca.
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(Equipas do Vitoria SC e do SC Braga na época de 1934/35)
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(O guardião Ricoca e o defesa João Jesus)

(Equipa do Vitoria SC e os Galitos em 1934/35)

(Equipa do Vitoria SC na época de 1935/36)

A época de 1935/36 inicia-se com a disputa da “Taça da Concórdia” entre o Vitoria SC e o SC Braga, sendo de facto esta competição que está na génese da Taça Amizade que mais recentemente marcava os inícios das épocas dos 2 principais clubes do Minho.

No Campeonato Distrital de Braga, o SC Braga sagrar-se-ia campeão e o Vitoria vice - campeão. Todavia, essa classificação permitiu ao clube vimaranense disputar pela primeira vez na sua história o Campeonato da II Liga Nacional. Diga-se, terá sido esta a primeira competição de cariz nacional e oficial que o Vitoria SC disputou e na qual teve como guarda-redes o recordado Ricoca.

(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1935/36)
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Na temporada de 1936/37 o Vitoria SC sagrou-se novamente Campeão Distrital de Braga, conquistando o bi-campeonato na época seguinte de 1937/38. O Vitoria SC começava assim a afirmar-se no panorama futebolístico da região como o principal clube, estatuto que foi solidificando e lhe é reconhecido até aos dias de hoje.

Fruto da conquista deste ceptro de Campeão Distrital de 1937/38, o Vitoria SC participaria, nesta temporada, novamente, no Campeonato Nacional da II Liga, terminando a prova classificado no 2º lugar da sua série.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1936/37)
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(O guarda-redes do Vitoria SC Ricoca em 1937)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1936/37)
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(Equipas do Vitoria SC e do SC Braga em 1936/37)
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1936/37)
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1937/38)
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(Ricoca, guarda-redes do Vitoria SC)
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(Vitoria SC - Boavista FC em 1937/38)
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1937/38)
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(Na época de 1937/38 jogo entre o SC Braga e o Vitoria SC)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1937/38)
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(Ricoca num amigável frente ao FC Porto em 1937/38)
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Em 1938/39, o Vitoria SC foi novamente campeão Distrital da A.F. de Braga, foi ainda Campeão do Minho (numa prova disputada entre os melhores classificados da A.F. de Braga e da A.F. de Viana do Castelo) e participou pela primeira vez na sua história na competição denominada de Taça de Portugal.

É precisamente nessa competição, disputada no sistema de eliminatórias com jogos a duas mãos, que o Vitoria SC cumpre o seu primeiro grande feito com clubes de dimensão nacional. Depois de eliminar a Ovarense por 5-0 no Campo do Benlhevai o Vitoria SC disputa com o FC Porto a eliminatória seguinte.

E sensacionalmente vence em Guimarães o jogo da 1ª mão, no dia 14 de Maio de 1939, por 3-2, feito histórico e bastante festejado na cidade. Acaba todavia eliminado vergando ao poderio do FC Porto que derrota o Vitoria SC no Campo da Constituição na cidade do Porto por 11-1.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1938/39)
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(Campo da Constituição, jogo entre o FC Porto e o Vitoria SC em 1938/39)
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(Ricoca em acção na mesma partida do Campo da Constituição)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1938/39)
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(Jogo contra o FC Porto em Guimarães em 1938/39)
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Na época de 1939/40 o Vitoria SC sagrou-se novamente Campeão Distrital e Campeão do Minho, provas que viria a vencer novamente na época seguinte de 1940/41. Assim, na temporada de 1940/41, a colectividade vimaranense conquista o penta-campeonato distrital e o tri-campeonato do Minho.

O Vitoria SC era indiscutivelmente a maior força futebolística da região. A todos estes feitos está ligado o nome de Ricoca, o histórico guarda-redes vitoriano, unanimemente considerado o melhor guardião do Minho.

Nesta temporada de 1940/41 o Vitoria SC alcança um novo feito reconhecido a nível nacional. Nos quartos de final da Taça de Portugal os vimaranenses tiveram que defrontar o FC Barreirense, campeão distrital da A.F. de Setúbal, e a militar na 1ª Divisão Nacional, um conjunto recheado de jogadores internacionais portugueses. No jogo da 1ª mão o Vitoria SC obtém um surpreendente nulo no Barreiro em mais uma sensacional exibição de Ricoca.

Contudo, é no jogo da 2ª mão, disputado em Guimarães, que acontece o imprevisto e que causa grande espanto e repercussão a nível nacional. O Vitoria SC cilindra o FC Barreirense por 6-1, eliminando a reputada equipa da margem sul do Tejo da Taça de Portugal.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1940/41)
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(Ricoca no chão na partida Sporting CP - Vitoria SC de 1940/41)
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Segue-se a época de 1941/42, a temporada que fica marcada na história do clube como aquela em que disputou pela primeira vez o Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Nessa mesma temporada alcançou outro feito histórico, apurando-se, também pela primeira vez, para a final da Taça de Portugal, a segunda mais importante prova nacional.

Todavia, a partir da época de 1941/42, o guarda-redes Ricoca, já veterano, embora continuando a fazer parte do plante do Vitoria SC, cede o lugar de titular a outro celebre guardião vitoriano, o notável Machado.

A temporada de 1941/42 iniciou-se novamente com o título de Campeão Distrital. Essa conquista permitia ao Vitoria SC disputar com o campeão da A.F. de Aveiro o acesso à 1ª Divisão Nacional.

Era um jogo decisivo e importante para o clube, mas também, e essencialmente, para as gentes de Guimarães que sonhavam com a participação do clube na mais alta prova desportiva nacional.

Esse jogo histórico realizou-se no Campo da Constituição, na cidade do Porto, no dia 11 de Janeiro de 1942, onde o Vitoria SC defrontou o União de Lamas. O Vitoria SC venceu aquele decisivo encontro por 6-4, figurando já na baliza dos vimaranenses o sucessor de Ricoca, o guardião Machado.

Estava assim concretizado o grande sonho e o Vitoria SC participaria no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1941/42, que se iniciou em Janeiro de 1942, competição em que participavam os maiores clubes nacionais da altura.

A prova foi disputada por 12 clubes e o Vitoria SC terminou a classificado na 11ª posição. Ricoca, guarda-redes suplente de Machado, ainda alinhou em 5 encontros do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.

Esta época de 1941/42 teve ainda outro ponto alto, quando os vitorianos atingiram a final da Taça de Portugal, depois de eliminar, sucessivamente, o GD Estoril Praia, o SC Espinho e o Sporting CP.

A final da Taça de Portugal disputou-se no dia 12 de Julho de 1942, no Campo do Lumiar, em Lisboa, contra o CF Belenenses. Na baliza do Vitoria SC esteve Machado, tendo a equipa do Restelo vencido por 2-0, com golos de Quaresma e Gilberto.
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(Época de 1941/42, jogo entre o SC Olhanense e o Vitoria SC)
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Durante a década 40 ocorreu uma alteração na forma em que se procedia ao acesso à disputa do Campeonato Nacional da 1ª Divisão Nacional de Futebol. Assim, até à temporada de 1946/47 a participação no Campeonato Nacional da 1ª Divisão dependia da qualidade de Campeão Distrital. Ou seja, o Vitoria SC para garantir o direito a disputar aquela prova tinha obrigatoriamente de conquistar o título de Campeão Distrital da A. F. de Braga.

Entre a temporada de 1942/43 e a de 1946/47 o Vitoria SC participou sempre no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, pois sagrou-se consecutivamente Campeão Distrital. O clube vimaranense assumia uma hegemonia total na nossa região passando o seu principal rival na disputa daquelas competições a ser o FC Famalicão e já não o SC Braga, como tinha acontecido ate então.

Nesse período, o guardião Ricoca permaneceu como guarda-redes suplente de Machado, jogando apenas esporadicamente, é certo, mas sendo a sua presença no grupo considerada como fundamental para as conquistas alcançadas.

O Vitoria SC sagrou-se Campeão Distrital da A. F. de Braga na temporada de 1942/43 com apenas uma derrota em toda a competição, precisamente, no jogo disputado na cidade de Famalicão, onde a turma da cidade berço foi derrotada por 2-0.

Como Campeão Distrital o Vitoria SC foi apurado para disputar a edição de 1942/43 do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Nesta prova o Vitoria SC terminou na 8ª posição. Os números oficiais dizem que Ricoca actuou em duas partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.

Já na Taça de Portugal o Vitoria SC foi precocemente afastado da competição, logo na primeira eliminatória, com uma derrota em Lisboa por 7-1 frente ao SL Benfica, num encontro em que o guardião vimaranense foi Ricoca.

Na época seguinte de 1943/44, o Vitoria SC, sem qualquer dificuldade, sagrou-se novamente Campeão Distrital. Perdeu de novo em Famalicão, mas goleou o SC Braga, em casa por 7-0 e na vizinha cidade de Braga por 1-4.
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No Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1943/44, o Vitoria SC realizou uma má época fruto essencialmente da interdição que foi alvo o Campo do Benlhevai. Os vimaranenses foram novamente o 8º classificado na competição e Ricoca alinhou somente em dois jogos.
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(Ricoca não consegue evitar este golo)
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(Jogo entre o Atletico CP e o Vitoria SC em 1943/44)
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Na temporada de 1944/45, registe-se o novo título de Campeão Distrital da A.F. Braga, apesar de nova derrota na cidade de Famalicão por 3-2, enquanto no Campeonato Nacional da 1ª Divisão o Vitoria SC terminou novamente na 8ª posição. Nesta época, Ricoca não realizou qualquer jogo na principal competição portuguesa.

Em 1945/46, o Vitoria SC sagra-se invariavelmente Campeão da região, mas desta vez intitulado como Campeão do Minho devido à extinção da A. F. de Viana do Castelo o que levou à junção numa só prova das equipas da região de Braga e de Viana do Castelo. A prova foi pautada pela enorme superioridade do Vitoria SC em relação a todas a outras formações de tal forma que até à cidade de Famalicão os vimaranenses foram vencer.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1945/46)
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O Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1945/46 inicia-se com o impedimento do Vitoria SC utilizar o Campo do Benlhevai pois, dizia-se na imprensa, que os maus resultados alcançados pelo Selecção Nacional de futebol devia-se ao facto de na prova máxima nacional utilizar-se campos com pequenas dimensões, como o do Benlhevai era exemplo.

Assim sendo, decretado aquele impedimento urgente se tornou a construção de um novo campo de futebol na cidade de Guimarães. Vai nascer o Campo da Amorosa, inaugurado a 13 de Janeiro de 1946, em jogo frente ao Boavista FC. O Vitoria SC vence a formação axadrezada por 3-1 com Alexandre a apontar o primeiro golo oficial naquele Estádio.

Ricoca não jogou nessa partida, pois Machado continuava dono da baliza do Vitoria SC, mas como pertencia ao plantel vimaranense ficou com o seu nome mais uma vez ligado a uma página importante da história do clube.

Num Campeonato Nacional da 1ª Divisão já disputado por 12 equipas o Vitoria SC terminaria novamente no 8º lugar. Nesta época de 1945/46, Ricoca realizou um jogo na principal competição nacional, aquele que acabaria por ser o último jogo da sua carreira futebolística no Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1945/46)
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Embora fizesse parte do plantel do Vitoria SC na época de 1946/47, Ricoca não alinhou em nenhuma partida do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Nessa competição – depois de vencer novamente o Campeonato Distrital - o Vitoria SC fica mais uma vez classificado na 8ª posição, numa prova disputada agora por 14 clubes.

O guardião Ricoca despediu-se oficialmente da carreira futebolística no dia 25 de Maio de 1947, recebendo uma justa homenagem, depois de mais de 20 anos de carreira ao serviço do Vitoria SC.

Faleceu em Novembro de 1976, com 66 anos de idade. A sua morte foi muito sentida pelas gentes de Guimarães, que fizeram questão de recordar o seu ídolo, sendo o seu funeral uma ultima homenagem a um vitoriano de eleição.


Autor: Alberto de Castro Abreu

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